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MANIFESTO: O PÁTIO É NOSSO!

Publicado: 18/10/2013 por lucaspanque em Sem categoria

Tendo em vista a atual utilização do espaço físico da Reitoria da Universidade Federal do Paraná para fins privados – principalmente o uso do pátio do referido campus como estacionamento para carros -, nós, estudantes da UFPR, percebemos a necessidade de nos reunirmos para discutir essa situação. Nas últimas semanas, organizamos debates e atividades que levantaram uma série de problemas. Sendo assim, iniciamos um movimento de ocupação do pátio, O Pátio é Nosso, que faz as seguintes reivindicações:

RETIRADA IMEDIATA DOS CARROS DO PÁTIO

O pátio é um ponto de encontro para alunos, professores, funcionários e população de modo geral. Na década de 80, o movimento estudantil conquistou a utilização efetiva desse espaço como lugar para socialização que está sendo retirada de nós. No decorrer dos últimos anos, os carros, tanto da administração universitária quanto particulares, têm ocupado o espaço que é dos estudantes, dificultando a realização de eventos estudantis e oferecendo um risco as pessoas que transitam na área. 

A facilidade concedida aos burocratas e empresas para usar o pátio como estacionamento não é a mesma oferecida aos estudantes para usar o mesmo espaço para outros fins. Ao realizar encontros estudantis, congressos acadêmicos, organizações culturais ou atividades esportivas cotidianas, nos é requerida uma imensa burocracia, muitas vezes inviabilizando a realização desses eventos, como foi o caso da tradicional festa junina da Reitoria deste ano.

AUMENTO DO BICICLETÁRIO E UM ESPAÇO PRÓPRIO PARA AS MOTOS

O atual bicicletário do nosso campus já não atende a demanda dos estudantes, tendo em vista o crescimento do número de pessoas que utilizam este meio de transporte e o aumento de matriculados na UFPR como um todo. Portanto, a ampliação do bicicletário é urgente.

Também se faz necessário um espaço específico para estacionar motos no nosso campus, uma vez que muitos estudantes e trabalhadores não têm condições de pagar estacionamentos particulares e estacionam estes veículos no pátio por falta de opções. Sugerimos o espaço inutilizado ao lado do prédio D. Pedro I, atrás da capela, como ponto de estacionamento exclusivo para motos, oferecendo a devida segurança.

CONTRA A ATUAL POLÍTICA DE SEGURANÇA

A política de segurança que vem sendo feita na Reitoria diz respeito muito mais ao controle de comportamento dos estudantes do que a uma segurança patrimonial. Muitas vezes, a vigilância é orientada a não permitir uma série de comportamentos e atividades no campus, tais como atividades esportivas, demonstrações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo, permanência de estudantes durante as festas no DCE, o acesso aos centros acadêmicos do prédio D. Pedro II e, até mesmo, o simples fato de um aluno se deitar no pátio etc.

Requisitamos a retirada imediata da câmera em frente ao Cafil e ao CAT e a não utilização das imagens de todas as câmeras do campus para criminalização de estudantes e do movimento estudantil. Sempre que uma bicicleta foi roubada do bicicletário, as imagens das câmeras nunca ajudaram a recuperá-la. Por outro lado, quando estudantes fazem um protesto contra determinadas situações, as gravações já foram usadas para identificá-los e promover processos administrativos contra eles. 

A exemplo disso, podemos citar o difamatório Informe Reitoria de julho de 2012 (http://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/informativo-julho-4/), no qual muitos estudantes sofreram ataques pessoais ao terem suas fotos publicadas num jornal que tinha como objetivo criminalizar o movimento grevista daquele ano. Foi neste processo que conquistamos importantes pautas: auxílio-creche, aumento na bolsa-permanência, internet wi-fi livre em todos os campi e a não implementação da EBSERH (que privatizaria o Hospital de Clínicas da UFPR).

Dados todos esses fatos, esperamos o atendimento imediato de nossas reivindicações por parte da Reitoria da UFPR, sem que soframos qualquer tentativa de retaliações e boicotes!

O PÁTIO É NOSSO!

Boletim Informativo do CACS

Publicado: 13/10/2013 por lucaspanque em Sem categoria

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REGIMENTO ELEITORAL PARA CACS – 2013/2014

Publicado: 04/07/2013 por Mayra Sousa Resende em Sem categoria

Cap. I – DA ORGANIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES

Art. 1º – Caberá a Comissão Eleitoral: a divulgação, organização, acompanhamento, fiscalização das eleições, recebimento das inscrições das chapas concorrentes e a apuração das urnas.

Parágrafo 1 – Caberá ao CACS todo custeio das eleições, ou seja, urna, publicações da comissão eleitoral, cédulas;

Parágrafo 2 – Para organizar as eleições a comissão deverá confeccionar e/ou providenciar os seguintes materiais: urnas, cédulas e listas dos votantes padronizadas;

Parágrafo 3 – As urnas serão verificadas e lacradas pela comissão eleitoral antes do início das eleições. As cédulas deverão ter pelo menos a assinatura de um dos membros componentes da comissão;

Parágrafo 4 – Na cédula deverão constar apenas os nomes das chapas, ou seja, não deverão constar os nomes dos componentes de cada chapa.

Art. 2º – As decisões dentro da Comissão Eleitoral serão tomadas por maioria simples. Para o desempate, será utilizado o voto de minerva do membro da comissão elegido para tal fim

Art. 3º – Todas as decisões da Comissão Eleitoral são passíveis de recurso a requerimento de qualquer uma das chapas.

Cap. II – DAS ELEIÇÕES
Art. 4º – As chapas que forem concorrer ao CACS deverão inscrever-se junto à Comissão Eleitoral no dia 16 de julho 2013, das 09:30 às 10:30 no CACS.
Art. 5° – O dia de votação será dia 24 de Julho de 2013, com início às 08:00 e terminando às 17:30.
Art. 6º – São eleitores todos os estudantes regularmente matriculados no curso de Ciências Sociais do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPR, com exceção dos membros da Comissão Eleitoral.
Parágrafo 1 – Caso haja empate na eleição, o voto dos três membros da Comissão Eleitoral irá desempatar o processo.
Art. 7º – O voto não é obrigatório.
Art 8° – A comissão eleitoral promoverá, caso tendo mais de um chapa inscrita, um debate para discussão de proposta. Este será realizado dia 23/07/2013 às 09:30 no Horário CACS.
Parágrafo 1 – O debate será organizado da seguinte maneira:
I – A mesa debatedora terá 1 representante da Comissão eleitoral, 1 integrante de cada chapa.
II – Cada integrante terá 10 minutos para apresentar suas propostas, tendo a Comissão Eleitoral a responsabilidade de garantir e controlar o tempo;
III – Após a apresentação das propostas pelas chapas, será aberta a plenária para perguntas para as chapas concorrentes. Terão 2 minutos para perguntas, e 4 minutos para as respostas. Caso haja algum tipo de agressão verbal entre as chapas, a Comissão Eleitoral se dá ao direito de julgar a continuidade do processo ou não.

Cap. III – DAS CHAPAS
Art. 9º – Serão considerados elegíveis todos os alunos do curso de Ciências Sociais, exceto os alunos que terminarem o curso antes do término do mandato e membros da comissão eleitoral.
Art. 10º – As chapas serão compostas por 15 membros. No ato da inscrição, as chapas deverão, obrigatoriamente, apresentar:

I – Nome da Chapa;
II – Nomes dos três membros para cada uma das cinco coordenações (I – Coordenação de Cultura e Extensão; II – Coordenação Administrativa; III – Coordenação de Relações Públicas e Eventos; IV – Coordenação de Finanças; V – Coordenação de Imprensa e Divulgação) indicando o nome daqueles que farão parte da comissão executiva.
III – Carta programa.

Art. 11º – Os pedidos de retirada, mudança ou impugnação das chapas serão aceitos pela Comissão Eleitoral do dia 17 de Julho ao dia 19 de Julho de 2013, tendo a chapa inscrita a responsabilidade de procurar os membros da Comissão Eleitoral para registrar em ata a(s) mudança(s). Após esta data não serão aceitas composições ou fusões de chapas.

Cap. IV – DO PROCESSO ELEITORAL
Art. 12º – O transporte, a abertura e o fechamento da urna, bem como todo o processo eleitoral, deve ser encaminhado por dois mesários (composto por membros da comissão eleitoral) e um fiscal de uma cada uma das chapas concorrentes. Fica resguardado o direito à Comissão Eleitoral de fiscalizar estes trabalhos;

Parágrafo 1 – Os mesários devem ser da comissão eleitoral, indicados em assembleia;

Art. 13º – Caberá aos mesários dirigir os trabalhos de votação na urna sob sua responsabilidade;

Art. 14º – É garantido a um fiscal de cada chapa acompanhar os mesários no deslocamento da urna;

Art. 15º – A urna e todo material eleitoral deverá ser lacrado. A votação não será interrompida, seguirá por todo o dia da votação, sempre acompanhada por pelo menos 2 membros da comissão. Por qualquer motivo caso seja interrompida a votação, a urna e todo o restante do material deverá ser guardado no CACS, não podendo ser guardada em outro lugar, sob pena de impugnação da urna;

Parágrafo 1 – As urnas só poderão ser transportadas devidamente lacradas, sendo que o lacre deverá estar rubricado pelos mesários;

Parágrafo 2 – Caso alguma irregularidade seja constatada na urna pela Comissão Eleitoral durante o processo de eleição, esta deverá ser manifestada na presença dos mesários responsáveis pela urna.
Art. 16º – A urna deve ser mantida em local fixo dentro do espaço do prédio D. Pedro I, no térreo, não sendo permitido circular com a mesma para recolhimento de votos.
Art. 17º – Cada estudante poderá votar na urna segundo orientações abaixo;

Parágrafo 1 – No ato da votação, o aluno deverá apresentar a carteira de estudante;

Parágrafo 2 – O votante deverá assinar lista de votação que será fornecida pela Comissão Eleitoral;

Art. 18º – Antes de ser entregue ao votante, a cédula de votação deve receber 01 (uma) rubrica no verso:
a) de um dos componentes da Comissão Eleitoral;

Parágrafo único – cédulas com duas ou sem rubricas serão invalidadas.

Cap V – DA APURAÇÃO

Art. 19º – As eleições serão encerradas impreterivelmente às 17:30h do dia 23/07/2013;

Art. 20º – Antes de proceder à abertura das urnas, a Comissão Eleitoral deverá:

I – Verificar se a urna está devidamente lacrada e acompanhada da listas de votantes e cédulas não utilizadas.
II – Constatado qualquer problema com a urna, a comissão Eleitora decidirá se a mesma será apurada ou impugnada.

Art. 21º – A Comissão Eleitoral formará as juntas apuradoras, compostas pelos membros da Comissão Eleitoral e por 1 dos fiscais de cada chapa, obedecendo o seguinte procedimento:

I – Contagem do número de assinaturas na lista de votantes;
II – Contagem do número de cédulas válidas (com uma rubrica no verso);
III – Verificação da defasagem entre número de assinaturas na lista de votantes em relação ao total de cédulas válidas.

Parágrafo único – Se a defasagem existente entre as listas de votantes e o número de votos na urna exceder haverá a recontagem de votos, existindo mesmo a defasagem fica a cargo da Comissão Eleitoral julgar o caso.

Art. 22º – O relatório e o resultado da apuração será apresentado pela Comissão Eleitoral após a apuração dos votos no mesmo dia 23/07/2013. Eventuais recursos terão que ser promulgados 30 minutos após a apuração. A formalização da posse, será dia 30/07/2012 às 09:30 no Espaço CACS.
Parágrafo único – Sendo os recursos promulgados no dia da eleição, a Comissão Eleitoral recomenda aos integrantes das chapas que estejam todos presentes no dia da apuração.
Curitiba, 04 de julho de 2013.

Comissão Eleitoral – composta pelas (os) estudantes
Bruno Nichols
Cristiane Garcia Pires
Karine Concentino Guerreiro

 

Literatura e Sociedade

Publicado: 03/04/2013 por caioha em Sem categoria

América Latina Viva é um programa de entrevistas apresentado pelo Prof. Dimas Floriani.

Vale a pena conferir:

Lançamentos

Publicado: 30/11/2012 por caioha em Sem categoria

6 de dezembro, às 19 hs.
Livraria Cultura 
Shopping Curitiba – R. Brg. Franco, 2300
Debate com os autores

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Por um pátio livre de carros

Publicado: 16/10/2012 por caioha em Sem categoria

Menos carros e mais pessoas.

A pátio da reitoria da UFPR é um espaço para a livre circulação de pessoas. 

Fica aqui nosso protesto contra os carros que ainda insistem em fazer do pátio estacionamento. 

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Para onde vão as nossas universidades

O ProUni fortaleceu faculdades de fachada. Já as federais, agora produtivistas, não têm nem prédios. Mas vozes privatistas, “de mercado”, criticam a greve

por Ricardo Antunes*, na Folha, reproduzido no Conteúdo Livre

A expansão do ensino superior durante os governos Lula e Dilma foi quantitativamente ampla, tanto para as universidades públicas quanto para as privadas.

O primeiro grupo vivenciou uma expansão dos campi muito significativa, através da profusão de cursos -muitos dos quais, entretanto, pautados pela razão instrumental, de qualidade duvidosa e em sintonia com a era da flexibilidade.

O segundo grupo viu o governo do PT mostrar também um lado generoso em relação aos mercados.
Faculdades em sua grande maioria de fachada, autodefinidas como “instituições do ensino superior”, carentes de rigor científico mínimo em sua docência e pesquisa (esta, salvo raras exceções, inexiste neste ramo empresarial), tiveram seus cofres inflados com o ProUni.

Já que os pobres são tolhidos em larga escala das universidades públicas -uma vez que frequentam o ensino fundamental em escolas públicas, que se encontram destroçadas-, o governo Lula encontrou uma saída bárbara: reuniu-os nos espaços privados do ProUni.

De outra parte, deu-se positivamente a ampliação das universidades públicas, através da expansão dos cursos nas instituições federais e da contratação significativa de docentes. Mas o governo o fez deslanchando o Reuni, programa de expansão das universidades federais.

Constrangidos pelo produtivismo (anti)acadêmico e calibrados pela competição, há precarização de condições de trabalho. Os salários são baixos. A carreira, mal estruturada.

Mas o governo não contava que essa ampliação quantitativa tivesse fortes consequências qualitativas: a nova geração de jovens professores, doutores em sua grande maioria, parece não aceitar sem questionamentos esse lado perverso do Reuni, que quer assemelhar universidades públicas àquelas onde viceja o ProUni.

Dando aulas muitas vezes em galpões, sem salas de professores (quando há, sem condições de pesquisar), os docentes, cujos adoecimentos e padecimentos, para não falar de mortes, não param de se ampliar, decretaram uma ampla e massiva greve nas federais.

Querem melhores salários, condições de trabalho dignas e carreira efetivamente estruturada.
Os conservadores dizem, tentando mascarar o desejo pela completa privatização, que a greve dos docentes públicos é uma forma de “receber sem trabalhar”. “Esquecem” algo elementar: qual docente, no juízo razoável de suas faculdades, quer arrebentar seu calendário e repor aulas quando deveria estar em férias?

Só mesmo as vozes conservadoras podem identificar uma greve, com suas atividades, assembleias, debates, desgastes, riscos e tensões, como “descanso remunerado”, argumento histórico das direitas derrotado pela Constituição de 1988.

Para muitas dessas vozes, a pesquisa e a reflexão livres incomodam. Elas gostariam de privatizar as federais, convertendo-as ou em universidades profissionalizantes ou, ao menos parte delas, em “universidades corporativas”, uma flagrante contradição, pois universalidade não rima com corporação.

Há um segundo ponto importante: muitos alegam que é preciso investir no ensino básico, o que os leva a recusar o apoio à universidade pública. Mas alguém seriamente acredita que aqueles que querem destroçar a universidade pública querem, de fato, um ensino básico público, laico e de qualidade?

*RICARDO ANTUNES, 59, é professor titular de sociologia na Unicamp.